Saúde

Uso do repelente deve ser feito de forma regrada e sem exageros

Silvana de Castro

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O período é de proteção máxima contra o mosquito Aedes aegypti. Mas não exagere no repelente. O produto não deve ser aplicado livremente no corpo e rosto. E o mais importante é saber que a melhor prevenção contra a dengue, o zika vírus e a chikungunya é evitar a proliferação do mosquito.

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O uso do repelente aumenta a eficácia das ações contra o inseto. Porém, é preciso ler os rótulos e seguir as instruções.

– Não dá para usar à vontade. Há limites. Tem uma frequência ideal de acordo com a idade e com a duração dos efeitos do produto – explica o dermatologista Renato Marchiori Bakos, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Verifique o rótulo

Em crianças com menos de 6 meses, o item é contraindicado. Para as demais faixas etárias, há concentração de princípios ativos definidas. Ao comprar um repelente que seja eficaz contra o Aedes, o consumidor deve verificar no rótulo se a fórmula é composta dos princípios ativos Icaridina, DEET ou IR 3535.

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Bakos enfatiza que a aplicação em demasia poderá levar à intoxicação.

– As pessoas não devem dormir com repelente. Até porque o Aedes ataca só nas primeiras horas do dia e no final da tarde – orienta o médico.

Tire suas dúvidas para combater o Aedes aegypti

Em grávidas, a utilização também é recomendada. Em dezembro, diante da ligação entre o zika vírus e os casos de microcefalia diagnosticados no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu que não há impedimentos para o uso por grávidas.

Um aliado na medida certa

João Vitor Freitas Fernandes, 5 anos, já sabe que o repelente é um aliado. Desde bebê, em razão de ser alérgico a picadas de inseto, o menino convive com o produto.

– Quando ele era bebê, eu passava no sola do pés e nos bracinhos, quando a gente ia para a praia. Usava um repelente específico, que não era agressivo. Agora, em função do Aedes, estou usando com mais frequência um produto em creme, para crianças – conta a pedagoga Giane Machado de Freitas, 45, mãe também de Pedro Henrique, 7.
João Vitor não reclama.

– É geladinho. É importante para o mosquito não pegar a gente – diz a criança.

Com medo das epidemias de dengue e de zika, Giane incluirá o item na mochila do menino nos dias de aula, no Colégio Fátima. Apesar do receio em relação às doenças transmitidas pelo Aedes, Giane sabe que o uso abusivo do repelente pode fazer mal. Ela aplica-o no filho de manhã e à tarde.

Cuidados na aplicação

Produtos

Três princípios ativos estão nos produtos disponíveis no país:

ICARIDINA
– Pode durar até 10 horas na pele

DEET (DIETHYL TOLUAMIDE)
z É o que está presente na maioria das marcas. A proteção dura, em média, de seis a oito horas

IR 3535 (ETHYL
BUTYLACETYLAMINOPROPIONATE)
– É o que tem menos risco de causar alergias e intoxicação, podendo ser usado em bebês com mais de 6 meses. As outras substâncias, devido à chance de intoxicação, só podem ser utilizadas em crianças a partir dos dois anos. O efeito dura em média quatro horas"

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